sábado, 13 de dezembro de 2008

O gosto pela escrita

Uma das coisas da vida
Que me dá prazer imenso
E escrever sempre muito
Em tudo aquilo que penso

Ao escrever sobre a vida
E o que de belo ela tem
Penso na minha mulher querida
E nos meus filhos também

Eu escrevo sobre o mundo
E suas guerras a mais
Na crise do meu país
Na falta de hospitais

Eu escrevo sobre o mundo
Que está sempre a mudar
Ao escrever digo coisas
Que não consigo ao falar

Por isso peço “Oh meu Deus”
Dá-me forças para escrever
Senão fico em agonia
É quase como morrer

E a vocês caros colegas
Desculpem este momento
Mas eu tinha aqui e agora
Que expressar meu sentimento

Sonho de Menino

Eu penso vezes sem conta
No que perdi desta vida
E sofro vezes sem conta
Fico com a alma dorida

Fizeram deste meu mundo
Uma imênsidão de nada
Roubaram o meu saber
Cortaram a minha estrada

Recordo que há 30 anos
Na aula de português
A professora Matilde
Disse-me assim uma vez

Oh Serrinha «tu lês bem
E tens paixão ao escrever
Diz-me lá quando fores grande
O que é que tu queres ser?

Respondi sem hesitar
Eu quero ser professor
E quero escrever um livro
E quero ser escritor

Ela disse« continua
Vai em frente meu rapaz
Tu tens jeito para isto
Acredita, és capaz»

Mas

O mundo dá muitas voltas
Não me deixaram seguir
Entre voltas e mais voltas
Vi o meu sonho partir

Mudaram a minha vida
Mexeram no meu destino
Roubaram esse meu sonho
O meu sonho de menino

E á noite no silêncio
Penso nos anos vividos
Quem é que me tráz de volta
Os 30 anos perdidos

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Gorilas na Bruma (Filme)

Foi uma aula diferente
Na passada 5ª feira
Vimos um filme interessante
Contá-lo não é asneira

Era passado no Congo
Com uma actriz de eleição
Tratava-se dos gorilas
Em vias de extinção

A actriz dava vida a um personagem
Que a vida sacrificou
Para ir para tão longe
De tudo abdicou

Tinha uma missão difícil
Mas era muito valente
Lutava com uma tribo
Que os matava cruelmente

Com sua dedicação
Conseguiu o que queria
Mas o Homem é traidor
Tem ódio e cobardia

Uma noite já cansada
Em sua cama deitou
Mas alguém muito cobarde
Com muito ódio a matou

Sacrificou mesmo a vida
Pelos gorilas morreu
Mas salvou os animais
E mais vida ela lhes deu

Pois agora os gorilas
Que quase desapareceram
Cresceram em grande número
Por ela sobreviveram

Do filme tirei proveito
Compreendi lá no fundo
Que salvando os animais
Estamos a salvar o mundo.

O meu amigo Vitor

Ao falar deste colega
Que eu tenho como amigo
Eu falo com a certeza
Não é mentira o que digo

O Vitor com seu carisma
E boa disposição
Põe a turma bem disposta
E alegra-nos o coração

É simples e bom rapaz
É sincero e espertalhão
É bem calmo e seguro
Com seu ar bonacheirão

Às vezes por brincadeira
Das mulheres ele diz mal
Mas é mesmo pra brincar
É brincalhão, é normal

Em cada frase que diz
Em cada coisa que faz
Põe-nos sempre a pensar
Fala verdade o rapaz?

É dele, é mesmo assim
Não consegue ser diferente
E é bom que assim seja
Pois cativa toda a gente

É isto que penso dele
E que toda a malta pensa
Onde quer que ele esteja
Ele faz toda a diferença

Diz que é um bom cozinheiro
Que tem jeito pra panela
Quero é ver segunda feira
Como fica a cabidela

Agora, pra terminar
E por seres um bom rapaz
Que tenhas na tua vida
Muita sorte e muita paz

Um abraço do teu colega José Santos

Para o amor da minha vida

Fui ao fundo do teu mar
Procurar nesse teu ser
Um bocadinho de ti
Um pouco para te entender

Fui ao fundo do teu mar
Vasculhar o teu segredo
Não encontro o que queria
Só tristeza e muito medo

Fui ao fundo do teu mar
Descobrir o teu caminho
Estava negro, não vi nada
Perdi-me e fiquei sozinho

Fui ao fundo do teu mar
Reparei nesses teus medos
Teu mar é tão furioso
bate forte nos rochedos

diz-me amor que mar é o teu
tão gelado e assustador
eu não quero que te percas
senão perco o teu amor

mas sabes “eu não desisto”
e então vais ver que um dia
lá no fundo do teu mar
vais encontrar alegria

e aí tu vais dizer
gosto da vida, amor
o meu mar já acalmou

PARA O MEU AMOR

Amor quando estou contigo
Eu nem sei bem o que digo
Pois fico tonto de Amor
O teu olhar é tão forte
Eu tremo e perco o Norte
Fico louco, minha Flor

Ontem estava ao pé de ti
E tua boca senti
Fiquei louco de desejo
Que doce é a tua boca
Que põe a minha tão louca
Ansiosa por teu beijo

Nesse instante o tempo pára
E se olho prá tua cara
Oh meu pobre coração
Que coisa bela meu Deus
E digo prós olhos meus
"Olhem bem, não é ilusão"

Sabes linda, nesta vida
És só tu a minha querida
Não tive outra uma só vez
Por isso te digo ainda
Nossa história é longa e linda
pois já lá vão vinte e três

Eu nunca me vou cansar
Da tua boca beijar
Pois é esse o meu desejo
E quando eu for velhinho
Vou dizer-te com carinho
"É tão doce esse teu beijo"

Desabafo

Porque teimas em seguir
Cegamente a caminhar
Pela poeira dos meus passos
Não vês que eu ando a fugir
A fugir de te apertar
Novamente nos meus braços

Desde que tu abalaste
Do jardim do nosso amor
A saudade não se mede
As rosas murcham na haste
Os cravos perdem a cor
E os lírios morrem à sede

Se o Inverno se adivinha
Eu já não sou como era
Cai tanta neve em meu peito
Não queiras ser andorinha
Que volta na Primavera
Ao ninho que deixou feito

Sabes que não sei mentir
Hoje só te posso dar
Um coração em pedaços
Não vês que ando a fugir
A fugir de te apertar
Novamente nos meus braços

Carta para a minha querida mulher

De manhã ao levantar
Ao iniciar o dia
Acordo triste a pensar
Em ti e em tua agonia
Penso em ti todos os dias
No trabalho, em qualquer lado
É tanta a minha tristeza
Fico triste e desolado

Porque és assim amor?
Que te fez mal em criança?
Ganha força por favor
Nunca percas a esperança

Para mim és a maior
És do melhor que existe
Por isso, eu sofro muito
Quando tu dizes “estou triste”

Eu queria ajudar-te
Compreender-te, no fundo
Com amor eu chego lá
Deixa-me entrar no teu mundo

Eu peço tanto a Deus
Tantas vezes eu imploro
Pois se tu sofres, eu sofro
Pois se tu choras eu choro

Só te peço (não desistas)
Tem coragem por favor
Eu estou sempre a teu lado
Amo-te muito amor

Carta à minha Mãe

2ª Feira, 3 de Outubro
Ano de 1973
Lembro hoje com saudade
da minha primeira vez

Recordo o primeiro dia
Com saudade mas também
Que entrei na sala de aula
Com minha saudosa Mãe

Lembro quando me dizias
" Não fiques preocupado
Tu és muito inteligente
Vais dar conta do recado"

Tu tinhas orgulho de mim
Orgulho do meu saber
Dizias a toda a gente
" O meu Zé já sabe lêr"

Quando tinha cinco anos
Estavas Tu ainda deitada
Fui a correr ter contigo
Dizer-te a tabuáda

Tu ficavas tão contente
E eu de te ver assim
Que tinha mesmo a certeza
Que Tu gostavas de mim

Mas a vida foi correndo
Os anos foram passando
Pouco a pouco fui vivendo
E tu Mãe, foste mudando

Tua alma ficou triste
Teu coração a secar
Eu à espera de um carinho
Não me deste, e fui chorar

Perguntei-te " eu não entendo
O que é que se passou
Se eu era o teu menino
Porque agora não o sou?"

Tua boca não se abriu
Nunca me disses-te nada
Fiquei triste, e então chorei
Minha alma ficou calada

Quando uns anos mais tarde
Da escola quis sair
Queria aquelas palavras
Da tua boca ouvir

Dizeres-me outra vez
" Não fiques procupado
Tu és muito inteligente
Vais dar conta do recado"

Mas Tu não disses-te nada
E eu queria o teu falar
Só faltou o teu carinho
Para eu continuar

Mas perdou-te minha Mãe
Desculpa-me estas verdades
Mas tinha-te que escrever
Eram muitas as saudades

Termino pedindo a Deus
Que te guarde junto a Si
E que saibas minha Mãe
Vou gostar sempre de ti

MÃE II

Pelas mãos de minha mãezinha
Andei pelos tempos de então
Hoje como está velhinha
É ela que anda pela minha
Faço minha obrigação

Quase que perdeu o tino
Pobre mãe, como mudou
Que coisas há no destino
Hoje sou eu que lhe ensino
Tudo o que ela me ensinou

Sua radiosa alegria
Em sua alma é defunta
Ela que tudo sabia
E que tudo me dizia
Hoje tudo me pergunta

E agora só peço a Deus
Que neste mundo de escolhas
Quando ela for para os Céus
Seja eu quem feche os olhos
Àquela que abriu os meus.

Ribeira antiga

Mal o dia amanhecendo
Vai a Ribeira se enchendo
De gritos e de pregões
E o peixe desembarcado
No meio de palavrões

À muito que ali vendia
Toda a gente a conhecia
A Gracinda, a vendedeira
Dava gosto a ouvir cantar
Pois sempre a ouvi chamar
“o rouxinol da Ribeira”

Sua filha ainda garota
Tão traquina e tão marota
A pequena, a Manuela
Certo dia se afastou
E junto ao Tejo brincou
E ninguém mais soube dela

E hoje de negro vestida
Chorando a filha perdida
Tão sincera e verdadeira
Ao mercado já tornou
Mas a cantar não voltou
“o rouxinol da Ribeira”.

O País ideal

Das viagens que já fiz
Esta que eu vos vou contar
Foi a viagem mais bela
E aconteceu além mar

Era um pais tão bonito
Nessa viagem que fiz
Não havia gente triste
Mas sorridente e feliz

Tinham razões para isso
Pois nesse cantinho bom
Não havia ruas sujas
Nem sequer poluição

Seus campos tão verdejantes
Cheios de belas flores
Eram um quadro perfeito
Nesse país de mil cores

Seus rios eram espelhos
Tinham peixe com fartura
Toda a gente ia nadar
Pois a água era “loucura”

O povo ea educado
Que gente civilizada!
Não cuspiam para o chão
Não sujavam mesmo nada

Foi uma viagem feliz
Esta que eu vos contei
Mas o que me deixou triste
Foi quando eu acordei

Compreendem meus amigos
Que o que acabei de contar
Não era uma viagem
Estava apenas a sonhar

Fiquei triste, acreditem
Com a dura realidade
Mas se nós quisermos todos
Isto pode ser verdade

Vamos todos dar as mãos
Empenharmo-nos bem a fundo
Com a nossa contribuição
Nós vamos salvar o mundo

O passeio à Foz-do-Sousa (28/6/08)

Foi no Sábado passado
Com o calor a apertar
Que a turma com bom agrado
Resolveu ir passear

Contentes, lá fomos nós
Pusemo-nos lá a caminho
Lá fomos nós sem demoras

Conforme foi combinado
Antes de irmos caminhar
O professor Jorge mostrou-nos
Para onde ia brincar

São coisas do seu passado
Saudades que permanecem
Senti nele a nostalgia
Das coisas que não se esquecem

Mostrou-nos com emoção
Onde seu pai trabalhava
Como engenheiro que era
Dessa água bem tratada

E lá nos foi resumindo
Como a água era filtrada
Para ser bem consumida
Era limpa e bem tratada

Depois fomos caminhar
Um pouquinho e até
Fiquei muito admirado
Como é forte a Nazaré

Será que foi operada?
É corajosa, o estupor
Ou será que o que ela fez
Foi pôr lá dentro m motor

A professora Manuela
É corajosa também
Mesmo com o seu problema
Também andou muito bem

A professora Fernanda
Reparei como ela andava
No seu jeito especial
Até a andar é delicada

E durante a caminhada
Fomos vendo o rio Sousa
Que pena estar poluído
Cuidar dele ninguém ousa

É pena, pois nossos filhos
Gostam tanto de lá estar
Gostam da água, pois gostam
Que tiveram que ir nadar

Estavam lá quatro meninas
Que bonitas e modernas
Eu pensei que iam nadar
Só foram molhar as pernas

Estavam todas satisfeitas
Contentes por estar ali
Mas o que eu queria mesmo
Era vê-las em bikini

Antes fomos almoçar
A malta portou-se bem
Pois comer é sempre bom
E beber é bom também

Correu tudo muito bem
Apesar do tempo quente
Foi um passeio alegre
Eu gostei de toda a gente

Eu gostei mesmo de todos
De tudo o que se passou
Gostei imenso também
Da turma que nos acompanhou

E quanto ao calor, amigos
Paciência, pois então
Estamos no tempo dele
Não se esqueçam, é Verão.

A ida ao Teatro (17/5/08)

Foi no Sábado passado
Que com imenso prazer
A turma foi ao teatro
Uma peça bela ver

Foi uma peça bonita
Que fomos presenciar
Miguel Torga a escreveu
E se chamava “Mar”

A figura principal era Domingos
Que com sua poética imaginação
Aos homens criava ciúmes
E às mulheres aquecia o coração

Ele estava apaixonado
Por uma moça bonita
Era a mais bela da Terra
Essa mulher era Rita

O pai de Rita não queria
Nem casamento aceitou
Por causa do amor dos dois
Foi que a Rosa se matou

Mas o Domingos era mesmo sonhador
Pois até uma sereia ele viu
Mas será que era invenção do bom rapaz?
E não seria esse sonho que o traiu?

Pois um dia nos mares frios da Gronelândia
O coitado nesse mar desapareceu
A aldeia pôs-se negra de repente
Ao saber que o Domingos já morreu

Esta é a história do mar
Uma história sobre o mar frio e traidor
Que às vezes nos encanta por ser belo
Mas às vezes engana por ser tão assustador

Foi uma noite especial
Pois passei bem o meu tempo
Agradeço à profª Fernanda Araújo
Por nos ter proporcionado este momento

Regresso à escola

Há coisas na nossa vida
Dificeis de imaginar
Já passaram 30 anos
E voltei a estudar

Esta ideia tão bonita
Foi minha mulher que me deu
Com jeitinho e meiguice
Ela lá me convenceu

É que eu estava indeciso
Isso é que era a verdade
E ela lá me dizia
" O saber não tem idade"

Então viemos os dois
Cheios de fé e esperança
E acreditem desde então
Me sinto outra vez criança

E agora pra terminar
" Se o saber não tem idade"
Nunca mais niguêm me pára
Vou até à Universidade

Os meus professores

Estava com dores de cabeça
E pra disfarçar as dores
Resolvi escrever um pouco
Sobre os nossos professores

PROFª MANUELA FARIA

É sensível, sei que é
Mas tem força, sei que tem
Porque às vezes está doente
E dar aulas ela vem

É nossa coordenadora
É também muito meiguinha
Ela é boa professora
Tem uma cara fofinha

PROF. JORGE PACHECO

Diz que a vida é um espectáculo
Eu concordo, tem razão
E se acha a vida bela
Deve ter bom coração

Tem qualidades, pois tem
E uma delas salta à vista
Pois tem que ser muito bom
Para ser um bom portista

PROFª ISABEL ABREU

Eu gosto do estilo dela
Pois é jovem no vestir
É alegre e bem disposta
E põe-nos sempre a sorrir

Diz que tudo é Matemática
Eu concordo, e até
Lhe faço esta pergunta
Fazer sexo, também é?

PROFª FERNANDA ARAÚJO

Tem ar fino e delicado
É muito doce ao falar
Trata todos muito bem
E gosta de ensinar

Sinto-me bem ao pé dela
Pois ensina com prazer
E assim nós conseguimos
Estar sempre a aprender

PRFª SANDRA SILVA

Foi a ultima a chegar
Veio na vez da Prfª Isabel.
Que bem que me sabe ensinar!
Cumpre bem o seu papel.

A matemática as vezes
Parece complicada
Mas com ela a ensinar
De dificil não tem nada!


Gosto de estar com vocês
Tenho apenas um lamento
É de não podermos estar
Com vocês muito mais tempo.

A minha turma

Vou começar por falar
Sem dizer nada de mais.
" Os meus colegas de turma
São todos especiais"

Maria do Carmo

Está é especial
Vai conseguir, se quiser
Para mim é a melhor
" É por ser minha mulher"

Susana

Tem ar timido e inseguro
Mas é boa rapariga
Se se esforçar um pouquinho
Pode ser que consiga

Vitor

É alegre e divertido
Com seu ar bonacheirão
É a alegria da turma
É um brincalhão

Alzira

Tem ar calmo e seguro
Pra ajudar não olha a meios
Ela é muito organizada
E trabalha nos correios

Glória

A Glória é moça simples
Também gosta de ajudar`
É fadista, e eu prometo
Que ela um dia vai cantar

Paula

Eu gosto do pensar dela
Pois diz com convicção
Que pensa com a cabeça
E não com o coração

Ana Paula

Está eu já conhecia
É sincera e verdadeira
É mulher dum bom rapaz
É mulher do "( castanheira)"

Elsa

Já passou muito na vida
Seu padrastro lhe batia
Mas superou isso tudo
E encontrou a alegria

Luisa

É um pouco caladinha
Será que é envergonhada?
Não seja, não vale a pena
Isso não lhe leva a nada

Nazaré

É calma e ponderada
Gosta daquilo que faz
Tem coragem, gosto dela
É uma pessoa capaz

Wilson

Então pá quando é que vens?
Já estás a demorar
De computadores não percebo
E tu tens que me ensinar.

Final
Isto é o que penso de vós
Mas se calhar não estou certo
Mas gosto muito de todos
Quero-vos sempre por perto